Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, prometeu que dará “uma lição histórica à direita” no país. A fala aconteceu durante evento com aliados políticos da região na quarta-feira (24).

Isso ocorre pouco mais de três meses antes das eleições presidenciais venezuelanas, marcadas para 28 de julho, e horas depois de o diplomata Edmundo González ter divulgado sua primeira mensagem após ter sido escolhido como candidato da oposição.

“Fiquem certos, irmãos presidentes, primeiros-ministros, movimentos sociais do mundo, povos do mundo, que este povo está se preparando para dar uma luta, uma lição histórica a essa direita fascista, a essa direita imperialista, a essa direita guerreira e rendicionista, que apelou à invasão da Venezuela e que apelou a sanções. Estejam absolutamente seguros”, destacou.

A fala do presidente venezuelano aconteceu durante a XXIII Cúpula de Chefes de Estado e de Governo da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América, na quarta, em Caracas.

O evento contou com a presença dos presidentes de Cuba, Miguel Díaz-Canel; da Nicarágua, Daniel Ortega; da Bolívia, Luis Arce, entre outros líderes.

Perto do final da reunião, Maduro, como já fez em outras ocasiões, acusou seus oponentes, sem apresentar provas, de promoverem ações contra ele, incluindo sanções econômicas de outros governos contra o seu próprio.

Maduro, que é presidente do país sul-americano desde abril de 2013, quando assumiu o cargo após a morte de Hugo Chávez, será o candidato do governista Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV). Nas eleições, ele buscará a segunda reeleição e o terceiro mandato.

Horas antes de Maduro falar, González deu sua primeira mensagem como candidato da oposição, na qual disse que o movimento que representa está empenhado em fazer com que a Venezuela “volte a ser uma referência democrática internacional”.

González foi escolhido na sexta-feira (19), depois que María Corina Machado, vencedora das primárias de outubro, não pôde se inscrever como candidata por ter sido barrada na Justiça, e a acadêmica Corina Yoris, que Machado havia designado como sua substituta, também não conseguiu completar a inscrição.