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Terça-feira, 09 de Dezembro de 2025, 08h:59 - A | A

Estatística

Mato Grosso tem a 3ª menor taxa de pobreza do país

Apesar de redução, em 2024, 14,7% da população mato-grossense viviam na extrema pobreza e na pobreza

Diário de Cuiabá

Em Mato Grosso, a proporção da população em situação de extrema pobreza caiu um ponto percentual, saindo de 2,6% em 2023 para 1,6%, em 2024.

No mesmo período, a taxa estadual de pessoas vivendo na pobreza reduziu de 17,2% para 13,1%, o que representa uma queda 4,1 pontos percentuais.

É o que aponta a Síntese de Indicadores Sociais (SIS), divulgada na quarta-feira (3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Pelos dados do IBGE, o Estado registrou o terceiro menor índice de pobreza do país no ano passado, ficando atrás somente de Santa Catarina (8,0%), Rio Grande do Sul (11,1%).

Já os estados com maiores taxas foram Acre (45,9%), Maranhão (45,8%) e o Ceará (43,3%).

Apesar do avanço, o cenário estadual segue desafiador.

Isso porque Mato Grosso, que tem um dos maiores PIB (Produto Interno Bruto) do país, ainda contava com mais de 60,6 mil pessoas na extrema pobreza e 496,2 mil na pobreza, levando-se em consideração uma população de 3,788 milhões habitantes.

Em Cuiabá, os índices atingiram 1,5% e 14,4%, respectivamente.

Como o Brasil não possui uma linha oficial de pobreza, o estudo produzido pelo IBGE adota parâmetros do Banco Mundial, calculados pela Paridade do Poder de Compra (PPC).

No ano passado, foram considerados pobres os domicílios com renda inferior a US$ 6,85 ou R$ 691 por pessoa ao mês e extremamente pobres aqueles com renda de US$ 2,15 PPC ou R$ 217 mensais.

Em nível nacional, a pesquisa mostra que o país atingiu os menores níveis de pobreza e extrema pobreza desde o início da série histórica do IBGE, em 2012.

No período, a proporção dos brasileiros na linha de pobreza recuou de 27,3% em 2023 para 23,1%, o que corresponde uma redução de 4,2 pontos percentuais ou menos 8,6 milhões de pessoas na pobreza.

Já o número de pessoas na extrema pobreza, ou seja, na linha US$ 2,15 PPC ou R$ 218 mensais, recuou de 4,4% para 3,5%, uma redução de 0,9 ponto percentual, ou menos 1,9 milhão de indivíduos nessa situação.

Contudo, sem os benefícios de programas sociais, a proporção de pessoas na extrema pobreza subiria de 3,5% para 10,0% da população, enquanto a proporção da pobreza aumentaria de 23,1% para 28,7% em 2024.

“Em 2024, a manutenção dos valores pagos pelo programa Bolsa Família em patamar superior ao período pré-pandemia de covid-19 colaborou para a continuidade da redução da pobreza e da extrema pobreza”, diz o IBGE. “Além dos programas sociais, o maior dinamismo do mercado de trabalho também contribuiu para essa tendência, especialmente na redução da pobreza, mais impactada pela renda do trabalho, já que os rendimentos dos extremamente pobres têm maior participação de benefícios de programas sociais”, acrescenta.

De acordo com o IBGE, no país, o rendimento médio de todos os trabalhos das pessoas ocupadas chegou a R$ 3.208 mensais.

Em Mato Grosso, as pessoas recebiam R$ 3.506, sétimo maior valor do país.

Os maiores rendimentos são verificados no Distrito Federal (R$ 5.037) e em São Paulo (R$ 3.884).

MULHERES, PRETOS E PARDOS - Proporcionalmente, a pobreza atinge mais às mulheres (24,0%) do que aos homens (22,2%) no país.

As taxas de pobreza e extrema pobreza chegaram, respectivamente, a 4,5% e 30,4%, entre as mulheres pretas ou pardas, enquanto entre os homens brancos os percentuais foram de 2,2% e 14,7%

As pessoas pretas e pardas, juntas, representavam 56,8% do total da população e 71,3% dos pobres do país.

Entre as pessoas pretas, 25,8% eram pobres e, entre as pessoas pardas, 29,8% estavam nessa condição, enquanto a prevalência da pobreza entre as pessoas brancas era de 15,1%.

Cerca de 3,9% das pessoas de cor ou raça preta e 4,5% das pardas eram extremamente pobres em 2024 (contra 2,2% entre brancos).

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