O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, condenou a aprovação da resolução da Assembleia Geral da ONU desta sexta-feira (10), que pede ao Conselho de Segurança da ONU que reconsidere a adesão da Autoridade Palestina nas Nações Unidas.
“A decisão absurda tomada hoje na Assembleia Geral destaca o viés estrutural da ONU e as razões pelas quais, sob a liderança do secretário-Geral da ONU, António Guterres, se transformou em uma instituição irrelevante”, disse Katz. Ele afirmou ainda que “A mensagem que a ONU está enviando à nossa região que está em sofrimento: a violência compensa.”
Katz disse que a decisão complicaria ainda mais as negociações em torno da libertação de reféns mantidos em Gaza, fornecendo “uma brisa para o Hamas.”
O ministro das Relações Exteriores agradeceu aos países que não votaram a favor da resolução, que ele diz ter escolhido “ficar do lado direito da história e da moralidade.”
Uma resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU) pedindo que o Conselho de Segurança da ONU reconsidere a adesão palestina à ONU foi aprovada na sexta-feira (10), com 143 votos a favor, nove votos contra e 25 abstenções.
A resolução pede que o Conselho de Segurança “reconsidere o assunto favoravelmente”, e salienta que: “o Estado da Palestina está qualificado para ser membro das Nações Unidas.”
Presidente da Autoridade Palestina celebra decisão
O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, aplaudiu e agradeceu aos países que apoiaram a resolução.
Abbas disse em um comunicado que a medida é “consistente com o direito internacional.”
Abbas acrescentou que, “diante desta votação, o Estado da Palestina continuará seu esforço para obter a adesão plena nas Nações Unidas por uma decisão do Conselho de Segurança.”
O Presidente do Conselho apelou aos EUA para que retirem o seu veto e apoiem a plena adesão da Autoridade Palestiniana à ONU.
Abbas destacou o voto — que também concedeu à Autoridade Palestina direitos adicionais dentro do sistema da ONU, mas não membros de pleno direito — como uma restauração da fé na legitimidade e no direito internacional, crucial para a paz regional.