A desembargadora e presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, Clarice Claudino ressaltou em entrevista que o Judiciário deve levar em consideração o “clamor público” ao tratar do processo contra o filho do ex-governador e empresário Carlos Alberto Gomes Bezerra, que confessou ter matado a tiros a ex e o namorado dela, em janeiro deste ano, em Cuiabá. A falta da desembargadora, se refere a concessão de prisão domiciliar á Carlos por problemas de saúde.
“ É uma questão que não compete a nós discutir. Mas apenas acompanhar o desenrolar e fazer com que tudo isso tenha uma solução rápida e eficiente, na medida em que há um clamor público e social significativo e nós temos que nos ater quanto a isso”, afirmou Claudino ao falar sobre a prisão domiciliar.
No pedido de habeas corpus, a defesa de Carlos Bezerra alegou que o réu necessita de cuidados especiais, pois é portador de diversas comorbidades físicas e transtornos psicológicos que a Penitenciária da Mata Grande, em Rondonópolis, onde ele se encontrava preso, não tem condições de tratar.
A respeito da decisão, Clarice afirmou que não há o que discutir e indicou que apenas o Ministério Público do Estado (MPE) e a assistência das vítimas podem entrar com recurso para reverter o entendimento dos desembargadores.
O MPE informou que o recurso será protocolado nos próximos dias pelo procurador de Justiça Gerson Barbosa, que aguarda notificação da decisão dada pela Segunda Câmara Criminal.