A gigante petrolífera BP se tornou a mais recente megaempresa a anunciar que está suspendendo todos os transportes marítimos através do Mar Vermelho após recentes ataques a navios pelos rebeldes do movimento Houthi, do Iêmen.
E ela não é a única. Nos últimos dias, algumas das maiores companhias marítimas do mundo, como a dinamarquesa Maersk, suspenderam viagens ao longo dessa rota, uma das mais importantes do mundo para o transporte de petróleo e gás natural liquefeito, bem como de bens de consumo.
Isso pode encarecer o preço dessas matérias-primas — pela redução da oferta e aumento da demanda na outra ponta — e afetar o comércio global, segundo especialistas.
O resultado é um efeito "em cascata" na economia — com o petróleo mais caro, o custo dos combustíveis sobe, afetando os preços gerais, ou seja, elevando a inflação, o que reduz o poder de compra da população.
Vale lembrar que, no Brasil, muitos alimentos dependem do transporte rodoviário para chegar aos mercados, portanto, seu preço tem relação direta com o valor dos combustíveis, como a gasolina, por exemplo.