
Um oficial norte-americano afirmou que o pior cenário para os civis na Ucrânia seria a vitória da Rússia na guerra, acre
Um oficial norte-americano afirmou que o pior cenário para os civis na Ucrânia seria a vitória da Rússia na guerra, acre
Um oficial norte-americano afirmou que o pior cenário para os civis na Ucrânia seria a vitória da Rússia na guerra, acrescentando que os russos estão utilizando bombas de fragmentação no conflito. Nesta sexta-feira, os Estados Unidos divulgaram um comunicado oficial confirmando que fornecerão bombas de fragmentação à Ucrânia. Trata-se de um tipo de bomba que se abre no ar e libera dezenas de outras bombas menores. O assessor de segurança do governo dos EUA, Jake Sullivan, afirmou que o país entregará milhares de armas desse tipo aos ucranianos. No entanto, o uso de bombas de fragmentação enfrenta oposição. O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, deixou claro nesta sexta-feira que é contrário ao emprego dessas armas, devido à sua capacidade de atingir uma área ampla e ao risco de causar danos não intencionais. Forças Armadas dos EUA Justificam As Forças Armadas dos Estados Unidos justificam o fornecimento das bombas de fragmentação com base no argumento de que o pior desfecho para os civis na Ucrânia seria a vitória da Rússia na guerra, e que os russos estão utilizando esse tipo de arma no conflito. No início da guerra, a Anistia Internacional acusou a Rússia de usar esse tipo de arma, mas o governo russo negou tais acusações. As falhas das bombas Uma das preocupações em relação às bombas de fragmentação são suas falhas. Devido ao mecanismo dessas armas, a bomba principal se abre no ar e dispersa diversos explosivos menores. Uma parte dessas bombas menores pode não detonar imediatamente, e esses artefatos não detonados são considerados falhas. Em algum momento indeterminado, essas falhas podem explodir e causar mortes não intencionais. Sullivan, o assessor de segurança do governo dos EUA, afirmou que as bombas de fragmentação que serão fornecidas têm uma taxa de falhas relativamente baixa. "Reconhecemos que as munições de fragmentação representam um risco de dano aos civis, devido aos artefatos explosivos não detonados, e é por isso que adiamos a decisão pelo maior tempo possível. Mas também existe um enorme risco de dano civil se as tropas e tanques russos avançarem sobre as posições ucranianas, conquistarem mais território ucraniano e subjugarem mais civis ucranianos, pois a Ucrânia não possui artilharia suficiente. Isso é intolerável para nós." Cruz Vermelha De acordo com o Comitê Internacional da Cruz Vermelha, algumas munições de fragmentação deixam para trás bombas menores com uma alta taxa de falha na explosão, chegando a até 40% em alguns casos. A taxa de artefatos explosivos não detonados das munições que serão enviadas para a Ucrânia é inferior a 3%, o que significa que haverá menos bombas não detonadas deixadas para trás, reduzindo o potencial de prejudicar civis. Vale ressaltar que mais de 120 países aderiram a uma convenção que proíbe o uso de bombas de fragmentação, concordando em não utilizar, produzir, transferir ou armazenar tais armas, além de se comprometerem a desativá-las após o uso. No entanto, Estados Unidos, Rússia e Ucrânia estão entre os países que não assinaram esse tratado.